O pregador
deve basear a sua pregação na Bíblia, não em experiências ou divagações, nem em
filosofias, nem em psicologia, nem em qualquer outra matéria. Na pregação o
ministro deve explicar o texto que foi lido, tendo cuidado para observar o
contexto da mensagem. Num estudo prévio o estudioso deve procurar descobrir
qual a intenção original do autor, isto é, o que estava na sua mente ao afirmar
aquelas palavras. Qual a mensagem imediata para os seus dias, e depois fazer
uma aplicação para a sua (do pregador) realidade, ou seja, o que o texto tem a
ver conosco hoje.
É importante entendermos que a
Bíblia, toda ela, se explica. Então não podemos dar vários significados ao
mesmo texto. Um mesmo texto não tem significados diferentes para pessoas
diferentes. Quem se aventurar andar por esse caminho correrá o risco de
corromper as Escrituras Sagradas.
Vivemos numa época de grandes
transformações. Época do relativismo (verdades relativas), do pluralismo, época
em que as pessoas estão em busca do novo. Mas a Bíblia não pode ser mudada, nem
relativizada por causa das pressões hodiernas. A mesma Bíblia que disse que
furtar, mentir, adulterar, homossexualidade são pecados no passado deve servir
para hoje também.
Os marcos antigos não podem ser
removidos (Pv 22.28). Têm muitos pregadores que não acreditam mais na Palavra
de Deus. Creem numas coisas, noutras não. Eles até acreditam que Jesus veio a
este mundo, mas não através de um nascimento virginal, e nem que ressuscitou três
dias após a Sua morte.
Pregação é dar aos outros o que
você tem, o que recebeu – a Palavra de Deus. Pedro e João quando entravam no
templo pela porta Formosa foram interceptados por um coxo de nascença que lhes
implorava uma esmola. “Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro,
mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3.6)
O mundo tem a prata e o ouro, mas só o crente tem a palavra de Deus. Paulo
disse: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...” (1Co 11.23)
Numa pregação existem dois
aspectos: a proclamação (kerigma), isto é mensagem da salvação, aquilo que
caracteriza a pregação evangelística, e o ensino (didache), isto é, o aspecto
didático, o que edifica aqueles que creem. Sendo assim, a proclamação e ensino
andam juntos (conf. Mt 28.18-20)