terça-feira, 25 de outubro de 2016

Pregação bíblica

O pregador deve basear a sua pregação na Bíblia, não em experiências ou divagações, nem em filosofias, nem em psicologia, nem em qualquer outra matéria. Na pregação o ministro deve explicar o texto que foi lido, tendo cuidado para observar o contexto da mensagem. Num estudo prévio o estudioso deve procurar descobrir qual a intenção original do autor, isto é, o que estava na sua mente ao afirmar aquelas palavras. Qual a mensagem imediata para os seus dias, e depois fazer uma aplicação para a sua (do pregador) realidade, ou seja, o que o texto tem a ver conosco hoje.
É importante entendermos que a Bíblia, toda ela, se explica. Então não podemos dar vários significados ao mesmo texto. Um mesmo texto não tem significados diferentes para pessoas diferentes. Quem se aventurar andar por esse caminho correrá o risco de corromper as Escrituras Sagradas.
Vivemos numa época de grandes transformações. Época do relativismo (verdades relativas), do pluralismo, época em que as pessoas estão em busca do novo. Mas a Bíblia não pode ser mudada, nem relativizada por causa das pressões hodiernas. A mesma Bíblia que disse que furtar, mentir, adulterar, homossexualidade são pecados no passado deve servir para hoje também.
Os marcos antigos não podem ser removidos (Pv 22.28). Têm muitos pregadores que não acreditam mais na Palavra de Deus. Creem numas coisas, noutras não. Eles até acreditam que Jesus veio a este mundo, mas não através de um nascimento virginal, e nem que ressuscitou três dias após a Sua morte.
Pregação é dar aos outros o que você tem, o que recebeu – a Palavra de Deus. Pedro e João quando entravam no templo pela porta Formosa foram interceptados por um coxo de nascença que lhes implorava uma esmola. “Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!” (At 3.6) O mundo tem a prata e o ouro, mas só o crente tem a palavra de Deus. Paulo disse: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos entreguei...” (1Co 11.23)

Numa pregação existem dois aspectos: a proclamação (kerigma), isto é mensagem da salvação, aquilo que caracteriza a pregação evangelística, e o ensino (didache), isto é, o aspecto didático, o que edifica aqueles que creem. Sendo assim, a proclamação e ensino andam juntos (conf. Mt 28.18-20)