domingo, 10 de janeiro de 2016

MODERNISMO

Pense no que aconteceu no século passado, por exemplo. Cem anos atrás a igreja estava ameaçada pelo modernismo.
Modernismo era urna cosmovisão baseada na noção de que somente a ciência podia explicar a realidade. O modernista, com efeito, começou com a pressuposição de que nada sobrenatural é real. Deveria ter ficado instantaneamente óbvio que o modernismo e o Cristianismo eram incompatíveis no nível mais básico. Se nada sobrenatural era real, então grande parte da Bíblia seria falsa e sem autoridade; a encarnação de Cristo seria um mito (anulando a autoridade de Cristo também); e todos os elementos sobrenaturais do Cristianismo, incluindo o próprio Deus, teriam de ser totalmente redefinidos em termos naturalistas. O modernismo foi anticristão até à sua medula. Não obstante, a igreja visível no começo do século 20 ficou cheia de gente que estava convencida de que modernismo e Cristianismo podiam e deviam ser conciliados. Eles insistiam que se a igreja não acompanhasse o passo com dos tempos, abraçando o modernismo, o Cristianismo não sobreviveria ao século 20. A igreja se tornaria paulatinamente irrelevante para o povo moderno, eles diziam, e logo desapareceria. Assim sendo, eles inventaram um "evangelho social" desprovido do verdadeiro evangelho da salvação.

Naturalmente, o Cristianismo bíblicosobreviveu o século 20 muito bem, obrigado. Nos lugares onde os cristãos permaneceram comprometidos com a verdade e autoridade das Escrituras, a igreja floresceu, mas, ironicamente, aquelas igrejas e denominações que abraçaram o modernismo foram as que se tornaram pouco a pouco irrelevantes e desapareceram antes do fim do século. Muitos edifícios de pedra, grandiosos, mas quase vazios, dão testemunho da fatalidade da conformação com o modernismo.
(Princípios para uma cosmovisão bíblica – John MacArthur. Pg. 07)