quarta-feira, 20 de março de 2013

A CORRETA MINISTRAÇÃO DOS SACRAMENTOS

Jamais se deve separar os sacramentos da Palavra, pois eles não têm conteúdo próprio, mas extraem o seu conteúdo da Palavra de Deus; são de fato uma pregação visível da Palavra. Nesta qualidade, eles devem ser ministrados por legítimos ministros da Palavra, de acordo com a instituição divina, e somente a participantes devidamente qualificados – os crentes e sua semente. Uma negação das verdades centrais do Evangelho, naturalmente afetará a adequada ministração dos sacramentos; e, certamente, a igreja de Roma se afasta do modo correto quando separa da Palavra de Deus os sacramentos, atribuindo-lhes uma espécie de eficácia mágica, e quando permite que as parteiras ministrem o batismo, em ocasiões de necessidade. Que a reta administração dos sacramentos é uma característica da igreja verdadeira, segue-se da sua inseparável conexão com a pregação da Palavra e de passagens como Mt 28.19; Mc 16.15, 16; At 2.42; 1 Co 11.23-30.
c. O fiel exercício de disciplina. É deveras essencial para a manutenção da pureza da doutrina e para salvaguardar a santidade dos sacramentos. As igrejas que relaxarem na disciplina, descobrirão mais cedo ou mais tarde em sua esfera de influência um eclipse da luz da verdade e abusos nas coisas santas. Daí, a igreja que quiser permanecer fiel ao seu ideal, na medida em que isto é possível na terra, deverá ser diligente e conscienciosa no exercício da disciplina cristã. A Palavra de Deus insiste na adequada disciplina a ser exercida na igreja de Cristo, Mt 18.18; 1 Co 5.1-5, 13; 14.33, 40; Ap 2.14, 15, 20.
QUESTIONÁRIO PARA PESQUISA: 1. Qual é o sentido da palavra ekklesia em Mt 16.18 e 18.17? 2. Quando e como o termo Kyriake entrou em uso significando igreja? 3. Como as palavras holandesas “kerk” e “gemeente” diferem, e como se relacionam com o termo grego? 4. Há passagens na Escritura nas quais indubitavelmente a palavra ekklesia é empregada para denotar como uma unidade o corpo completo dos que, em todo o mundo, professam exteriormente a Cristo? 5. A palavra ekklesia é empregada alguma vez como designativo de um grupo de igrejas sob um governo comum, como se dá com o que chamamos denominação? 6. A visibilidade da igreja consiste meramente na visibilidade dos seus membros? 7. Se não, em que se torna ela visível? 8. A igreja visível mantém alguma outra relação com Cristo, além de uma simples relação externa, e é beneficiada com outras promessas e privilégios, além dos privilégios e promessas meramente exteriores? 9. A essência da igreja visível difere da essência da igreja invisível? 10. Que objeções foram levantadas contra a distinção entre a igreja como instituição e a igreja como organismo? 11. Qual a diferença fundamental entre a concepção católica romana e a concepção reformada (calvinista) da igreja?
BIBLIOGRAFIA PARA CONSULTA: Bavinck, Geref. Dogm. IV, p. 295-354; Kuyper, Dict. Dogm. De Ecclesia, p. 3-267; id., Tractaat Van de Reformatie der Kerken; ibid., E Voto II, p. 108-151; Vos, Geref. Dogm. V, p. 1-31; Bannerman, The Church of Christ I, p. 1-67; Ten Hoor, Afscheiding en Doleantie e Afscheiding of Doleantie; Doekes, De Moeder der Geloovigen, p. 7-64; Steen, De Kerk, p. 30-131; McPherson, The Doctrine of the Church in Scottish Theology, p. 54-128; Van Dyke, The Church, Her Ministry and Sacraments, p. 1-74; Hort, The Christian Ecclesia, principalmente p. 1-21, 107-122; Pieper, Christl. Dogm. III, p. 458-492; Valentine, Chr. Dogm. II, p. 362-377; Pope, Chr. Theol. III, p. 259-287; Litton, Introd. To Dogm. Theol., p. 357-378; Strong, Syst. Theol., p. 887-894; Devine, The Creed Explained, p. 256-295; Wilmers, Handbook of the Chr. Rel., p. 102-119; Moehler, Symbolism, p. 310-362; Schaff, Our Father’s Faith and Ours, p. 213-239; Morris, Ecclesiology, p. 13-41; W. A. Visser’t Hooft and J. H. Oldham, The Church and its Function in Society.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg.577)