Mas,
apesar do fato de que Deus é o único Autor da conversão, é de grande
importância salientar, contrariamente a uma falsa passividade, que há também
uma certa cooperação do homem na conversão. O dr. Kuyper chama a atenção para o
fato de que no Velho Testamento shubh é empregado 74 vezes com referência à
conversão como ação do homem, e somente 15 vezes como ato gracioso de Deus; e
que o Novo Testamento descreve a conversão como um feito do homem 26 vezes, e fala
dela só 2 ou 3 vezes como ato de Deus.[1]
Todavia, devemos ter em mente que esta atividade do homem é sempre resultante
de uma prévia obra de Deus realizada no homem, Lm 5.21; Fp 2.13. Que o homem é
ativo na conversão é mais que evidente em passagens como Is 55.7; Jr 18.11; Ez
18.23, 32; 33.11; At 2.38; 17.30, e outras.
(Teologia Sistemática – Louis Berkhof. Pg. 487)