Os católicos romanos consideram o batismo absolutamente
essencial para a salvação; e porque acham cruel fazer que a salvação dependa da
presença ou ausência acidental de um sacerdote, também, em casos de emergência,
permitem que o batismo seja ministrado por outros, particularmente por
parteiras. Apesar do conceito contrário de Cipriano, eles reconhecem o batismo
dos hereges, a menos que a sua heresia envolva a negação da Trindade. As
igrejas reformadas (calvinistas) sempre agiram com base no princípio de que a
ministração da Palavra e a dos sacramentos são entrelaçadamente unidas e que,
portanto, o presbítero docente ou ministro é o único legítimo administrador do
batismo. A Palavra e o sacramento estão conjuntamente unidos nas palavras da
instituição. E, uma vez que o batismo não é matéria privada, mas uma ordenança
na igreja, elas afirmavam também que ele deve ser ministrado na assembléia
pública dos crentes. Geralmente reconheciam o batismo doutras igrejas, não
excluindo os católicos romanos, e também das diversas seitas, exceto no caso
das igrejas e seitas que negavam a Trindade. Deste modo, recusavam-se a honrar
o batismo dos socinianos e dos unitários.em geral, consideravam como válido o
batismo administrado por um ministro devidamente acreditado e em nome do Deus
triúno.*
(Berkhof, L. – Teologia Sistemática Pg634)
* A Igreja
Presbiteriana do Brasil inclui a Igreja Católica Romana entre as igrejas e
seitas cujo batismo não é aceito, entre outras razões, pela profunda diferença
de significação do batismo, particularmente no caso do batismo de crianças.
Nota do tradutor.