terça-feira, 9 de outubro de 2012

A NATUREZA DA RESSURREIÇÃO - É RESSURREIÇÃO DE IMPORTÂNCIA DESIGUAL PARA OS JUSTOS E PARA OS INJUSTOS

Breckenridge cita 1 Co 15.22 para provar que a ressurreição de santos e de pecadores foi adquirida por Cristo. Mas, dificilmente se pode negar que o segundo “todos” nessa passagem só é geral no sentido de “todos os que estão em Cristo”. A ressurreição é ali descrita como resultante de uma união vital com Cristo. Mas, certamente, só os crentes estão nessa relação viva com Ele. A ressurreição dos ímpios não pode ser considerada como uma bênção merecida pela obra mediatária de Cristo, embora esteja relacionada indiretamente com ela. É um resultado necessário da posposição da execução da sentença de morte dada ao homem, o que tornou possível a obra de redenção. A posposição resultou na relativa separação entre a morte temporal e a morte eterna, e na existência de um estado intermediário. Sob estas circunstâncias, é necessário ressuscitar os ímpios dos mortos, a fim de que a morte, em sua máxima extensão e com todo o seu peso, lhes possa ser imposta. Sua ressurreição não é um ato de redenção, mas, sim, de soberana justiça, da parte de Deus. A ressurreição dos justos e dos injustos tem isto em comum – que em ambos os casos os corpos e as almas são reunidas. Mas, no caso daqueles, isso resulta na vida perfeita, ao passo que no caso destes, redunda na extrema penalidade da morte, Jo 5.28, 29.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg729)