terça-feira, 9 de outubro de 2012

O CONCEITO PREMILENISTA CONCERNENTE À OCASIÃO DA RESSURREIÇÃO

É opinião comum entre os premilenistas que a ressurreição dos santos estará separada da dos ímpios por um período de mil anos. Ao que parece, quase consideram como verdade axiomática que essas duas classes não têm a mínima possibilidade de ressurgir ao mesmo tempo. E não somente isso, mas o tipo de premilenismo dominante hoje em dia, com a sua teoria de uma dupla segunda vinda de Cristo, sente necessidade de admitir uma terceira ressurreição. Todos os santos das dispensações anteriores e da atual dispensação serão ressuscitados na paurosia, ou seja, na vinda do Senhor. Os que ainda viverem nesse tempo serão transformados num instante, num piscar de olhos. Mas nos sete anos que se seguirão à paurosia, muitos outros santos morrerão, especialmente na grande tribulação. Estes também deverão ressuscitar, e a sua ressurreição ocorrerá quando se der a revelação do dia do Senhor, sete anos após a parousia. Mas, nem neste ponto os premilenistas podem parar. Desde que a ressurreição que se dará no fim do mundo está reservada para os ímpios, terá que haver outra ressurreição dos santos que morreram durante o milênio, a qual precederá a dos ímpios, pois, segundo eles, santos e ímpios não podem ressuscitar ao mesmo tempo.
(Berkhof, L – Teologia Sistemática Pg729)