. Esta é a justificação no
sentido mais fundamental da palavra. É básica em relação ao que se chama
justificação subjetiva, e consiste numa declaração que Deus faz a respeito do
pecador, declaração feita no tribunal de Deus. Não se trata de uma declaração
de que Deus simplesmente absolve o pecador, sem levar em conta as
reivindicações da justiça, mas, sim, de uma declaração divina de que, no caso
do pecador em foco, as exigências da lei são satisfeitas. O pecador é declarado
justo em vista do fato de que a justiça de Cristo lhe é imputada. Nesta
transação Deus comparece, não como um Soberano absoluto que simplesmente põe de
lado a lei, mas como um Juiz justo, que reconhece os méritos infinitos de
Cristo como uma base suficiente para a justificação, e como um Pai
misericordioso, que perdoa e aceita graciosamente o pecador. Esta justificação
ativa antecede logicamente à fé e a justificação passiva. Cremos no
perdão dos pecados.
(Teologia Sistemática –
Louis Berkhof Pg. 517)