A justificação é um ato judicial de Deus,
no qual Ele declara, com base na justiça de Jesus Cristo, que todas as
reivindicações da lei são satisfeitas com vistas ao pecador.
Ela é singular, na obra da redenção, em que é um ato judicial de Deus, e não um
ato ou processo de renovação, como é o caso da regeneração, da conversão e da
santificação. Conquanto diga respeito ao pecador, não muda a sua vida interior.
Não afeta a sua condição, mas, sim, o seu estado ou posição, e nesse aspecto
difere de todas as outras principais partes da ordem da salvação. Ela envolve o
perdão dos pecados e a restauração do pecador ao favor divino. O arminiano
sustenta que ela inclui somente aquele, e não esta; mas a Bíblia ensina
claramente que o fruto da justificação é muito mais que o perdão. Os que são
justificados têm “paz com Deus”, segurança da salvação, Rm 5.1-10, e uma
“herança entre os que são santificados”, At 26.18. Devemos observar os
seguintes pontos de diferença entre a justificação e a santificação.
4. Enquanto que a causa meritória de ambas está nos méritos
de Cristo, há uma diferença na causa eficiente. Falando em termos de economia,
Deus o Pai declara justo o pecador, e Deus o Espírito o santifica.
(Teologia Sistemática –
Louis Berkhof Pg. 513)